domingo, 22 de abril de 2018

Correggio - Leda e o Cisne


1531-1532


Antonio Allegri, mais conhecido por Correggio, cidade da região italiana de Reggio Emilia, onde nasceu, foi um grande pintor do renascimento. Para além de obras religiosas, pintou múltiplas obras inspiradas na mitologia grega, onde se destaca esta - Leda e o Cisne -, que pode ser admirada no museu Staatliche, em Berlim.

Segundo a mitologia grega, Zeus (Júpiter) apaixonou-se pela jovem e bela Leda, rainha de Esparta e esposa do rei Tíndaro, e para consumar a sua paixão tomou a forma de um cisne branco. Assim transfigurado aproximou-se dela e consegue seduzi-la e dessa união Leda viria a dar à luz quatro gémeos em dois ovos: Pólux e Helena (de Tróia), filhos de Zeus e imortais, e Castor e Clitemnestra, filhos de Tíndaro e mortais. 

Correggio pintou Leda desnudada de costas para uma grande árvore e com o corpo de frente para o observador, que desta forma presencia a união intima da Leda com Zeus transformado num belo cisne. Da cena fazem parte duas ninfas, dois putti (crianças com asas), duas criadas de Leda e Cupido, o deus do amor.  



Contemporâneo de Correggio, Leonardo da Vinci fez alguns estudos em papel, que
viriam a dar origem a uma obra em tela, aparentemente desaparecida ou destruida.


Embora desaparecida, foram feitas múltiplas cópias
ou versões da obra Leda e o Cisne de Leonardo da Vinci,
como as aqui representradas, de Il Sodoma, de Cesare da Sesto
e de Francesco Melzi, respetivamente.
Estão aqui representados os filhos gémeos de Leda, nascidos de ovos.


Leda no expressionismo do polaco Jerzy Hulewicz:
Leda and the swan, 1928.


Leda no surrealismo de salvador Dali:
Leda atómica, 1949.

Também os escultores não se esqueceram do mito.
De August Clésinger:
Leda and the Swan, 1864.


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